terça-feira, 14 de julho de 2009

A dor é definida clinicamente como “uma experiência sensorial e emocional desagradável associada com um dano tecidual real ou potencial”.
A dor é um dos motivos mais freqüentes para a procura do paciente por tratamento.
Como é uma experiência subjetiva, com múltiplos fatores influenciando sua percepção e manifestação, sua avaliação objetiva na prática clínica ainda é imprecisa.
Os fatores que podem influenciar a experiência dolorosa incluem a intensidade do estímulo e a interpretação desse estímulo.
A redução da dor é um objetivo comum do tratamento.

Existem questionários básicos para a dor que em geral tentam proporcionar uma quantificação da intensidade da dor do paciente.
A escolha de um instrumento ou questionários para mensurar a dor deve, antes de tudo, ser de fácil aplicabilidade e adequar-se ao nível de compreensão do paciente.
Sendo importante reavaliações subseqüentes do paciente com o mesmo questionário escolhido, ajudará até para acompanhar a evolução do paciente.

- Questionários Básicos :


  • ESCALA NUMÉRICA DA DOR:Tem por finalidade obter uma classificação subjetiva da intensidade da dor do paciente. Pede-se ao paciente que classifique seu nível de dor numa escala de 0 a 10, no qual zero representará um estado sem dor e dez a pior dor imaginável. O escore consiste na interpretação para o profissional com base na escala de 10 pontos: 0 a 2 baixo nível de dor / 3 a 5 nível moderado de dor e 6 a 10+ nível alto de dor podendo ocorrer alterações nos padrões de movimento.

    Ex.: SEM DOR--------------------COM DOR

Marque na tabela abaixo a nota que você daria para sua DOR atual.

0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10

*0=nenhuma dor. 10= máxima dor possível



  • ESCALA ANÁLOGA VISUAL:
    Esse instrumento consiste em uma linha de 10cm com descrito em cada extremidade: nenhuma dor e a pior dor. O paciente deverá marcar um traço através da linha que representará sua dor atual. O profissional irá interpretar registrando com uma régua primeiramente a distancia da marca do paciente em relação a extremidade “sem dor” quanto maior for esta distância maior será a dor do paciente. Posteriormente basea-se no escore: 0 a 2,9cm baixo nível de dor / 3 a 5,9cm nivel moderado e 6 a 10,5 cm nível alto de dor podendo ter alterações nos padrões do movimento.

    Ex:


  • QUESTIONÁRIO DE McGILL PARA A DOR
    O questionário consiste em 20 categorias de palavras usadas para descrever a dor. Pede-se ao paciente que selecione uma palavra de cada grupo que melhor represente a sua dor. Depois o profissional saberá se a dor do paciente é mais psicológica ou real.

    Os sub-grupos de 1 a 10 representam respostas sensitivas à experiência
    dolorosa (tração, calor, torção, entre outros): os descritores dos sub-grupos de 11 a 15 são respostas de caráter afetivo (medo, punição, respostas neurovegetativas, etc.); o sub-grupo 16 é avaliativo (avaliação da experiência global) e os de 17 a 20 são miscelânea.


  • DESENHO DA DOR
    Tem com finalidade identificar a distribuição espacial dos sintomas, ou melhor, a localização e o tipo da dor do paciente. O paciente recebe um desenho da dor e pede-se para utilizar símbolos que representem sua experiência dolorosa atual nas localidades que sente a dor.
    Ex:
    Simbolos:

/// Em punhalada




XXX Em queimação


000 Alfinetes e agulhadas




=== Dormência


Outro questionário:







Escrito por, Priscila Paiva, e auxiliado por, Daniel Mendonça. Alunos da Universidade Católica de Pernambuco.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Introdução, Métodos de Avaliação.

Essa postagem tem a função de demonstrar a ordem a ser seguida uma avaliação, não é uma obrigação é apenas uma forma de facilitação.

Identificação, é o primeiro passo de uma avaliação:
-Dados Pessoais
–Nome
–Endereço, telefone
–Sexo
–Idade
Atividade profissional
–Hipótese de diagnóstico

Anamnese, é a história da doença atual:
-Antecedentes pessoais e Familiares
-Cirurgias
-Uso de órteses, próteses, medicamentos.
-Queixa principal

Exame físico

Inspeção: Observação do paciente desde sua entrada. Analisar detalhadamente:
1- Simetria
2- Deformedades

Palpação:
1- Acidentes Ósseos
2- Partes moles
3- Feridas operatórias

Goniometria, (visto em, Princípios Gerais para Medir a Amplitude de Movimento Articular)

Perimetria:
1- Fita Métrica
2- Pontos ósseos como referência da mensuração
3- Sem contração e com contração muscular
4- Avaliação feita bilateralmente

Testes específicos
1- Teste de comprimento muscular, TCM
· Passivo
· Máximo de ADM
· Goniometria

2- Teste muscular manual, TMM
· Ativo
· Resistência: 1- Contra Gravidade
2- Gravidade Reduzida

3- Graduação Muscular. Dedicarei uma postagem exclusiva para esse topico.


Escrito por Daniel Mendonça, aluno da Universidade Católica de Pernambuco.

Finalidade da Avaliação da Amplitude de Movimento Articular.


  1. Estabelecer a ADM existente em uma articulação e compará-la com a amplitude normal para esse paciente ou compará-la com o lado não afetado.

  2. Ajudar no diagnóstico do paciente e a determinar sua função articular.

  3. Reavaliar o estado do paciente após o tratamento e compará-lo com aquele existente, na tentativa de mensurar a evolução do paciente.

  4. Desenvolver o interesse do paciente em seu tratamento.

  5. Documentar os resultados do tratamento por razões médica-legais e comunicar aos outros atuantes da área médica.

  6. Obter dados para pesquisas.

Escrito por Daniel Mendonça, aluno da Universidade Católica de Pernambuco.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Princípios Gerais para Medir a Amplitude de Movimento Articular.

Amplitude Passiva: A mensuração da ADM,amplitude de movimento, passivo de uma determinada articulação, é usada sempre que possível para determinar o grau de limitação estrutural para a ADM disponível.


Um goniômetro é um instrumento de medida em forma semicircular ou circular graduada em 180º ou 360º, utilizado para medir ou construir ângulos. É um instrumento utilizado por fisioterapeutas para mediar a amplitude articular.

Posição Inicial: A posição anatômica de 0 grau é a posição inicial para todas as mensurações, exceto a rotação do ombro e quadril e da pronação/supinação das articulações radioulnares.

Alinhamento: Para a maioria das mensurações no plano sagital, o goniômetro é alinhado sobre a face lateral da articulação avaliada. Para mensurações no plano frontal, são medidos tanto anterior como posterior .É importânte que o alinhamento seja confortável tanto para o paciente quanto para o examinador.

Eixo: É a interseção dos dois braços do goniômetro que deve coincidir com o eixo da articulação avaliada.

Braço Móvel: Acompanha uma referência óssea do segmento distal da articulação seguindo seu movimento.

Braço Fixo: Acompanha uma referência óssea do segmento proximal da articulação.

Procedimento para a mensuração:

1. Posicionar o paciente em alinhamento corporal correto.
2. Explicar e demonstrar ao paciente o movimento desejado.
3. Realizar o momento passivo 2 ou 3 vezes.
4. Estabilizar o segmento corporal proximal.
5. Seguir o procedimento de posicionamento do goniômetro.
6. Realizar a leitura no início e no final do movimento.
7. Avaliação bilateral da ADM articular.
Escrito por Daniel Mendonça, aluno da Universidade Católica de Pernambuco.